A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO
Questões éticas sobre o filme
Inicialmente desejo falar que este filme vem recheado com questões a serem discutidas sobre a ética: médica, social e profissional. Temos vários exemplos, tanto com relação à ética no cumprimento de seus deveres, quanto na questão antiética.
Irei relatá-las agora e veremos o quanto há de riquezas de detalhes neste filme e como podemos verificar a atuação dos atores nessas questões.
Interpreto o modo que foi demonstrado pela a protagonista que estava grávida, no qual não me recordo o nome, um sentimento não muito ético, quando a mesma vai ao médico no qual teve sua 1ª filha para ter uma 2ª opinião sobre sua gravidez e esse ainda o recebe p/ tal objetivo profissional sem questionar.
Dentro da mesma cena, vimos ainda, onde podem chegar alguns impulsos maníacos mal resolvidos dentro da ética profissional médica, me refiro à ação do médico obstetra que não contendo esses impulsos se deixa levar por eles e comete uma ação antiética sórdida que é o abuso sexual de sua cliente.
Bem anterior ao abuso, vimos a retirada da enfermeira da sala onde está havendo tal procedimento, postura esta não recomendada também. Seja pelo Medico que deu a ordem para a retirada, quanto para a mesma que o atendeu sem questionar ou solicitar uma substituta para acompanhamento daquela cliente ali indefesa a esse tipo de situação, faltou-lhes uma postura ética neste momento.
Vejo que as pessoas não estão muito acostumadas a questionar os porquês de certas ações antiéticas bem óbvias em sua profissão, seja por medo de perder o emprego, ou por uma questão de autoridade entre os cargos de menor e maior reconhecimento profissional, como vimos aqui o exemplo.
Observamos o medo, a vergonha, a dúvida da moça em reconhecer sua própria situação, primeiro seus direitos e depois seus deveres para com a denuncia do ocorrido em meio a ações antiéticas realizadas em um consultório obstétrico.
Nesta cena também tenho que relatar a posição do marido dela, uma posição ética, que mesmo com tamanha raiva e revolta vê a importância da denuncia naquela hora, pensando nas futuras ações do medico e no sofrimento das próximas vítimas que estariam evitando com apenas uma denuncia.
Temos então o suicídio do médico após a divulgação na imprensa do seu erro, a fuga e novamente a vergonha de enfrentar e admitir que errou diante dos colegas, amigos e familiares, pagando assim por atos abusivos feitos por ele mesmo. Aqui vimos uma postura derrotista e covarde, não teve a ética de assumir sua fraqueza doentia.
Conseqüentemente, após este ato covarde de suicídio, temos o desenrolar de acontecimentos que causaram uma depressão traumática na esposa do médico e um importante detalhe, ela também estava grávida.
Vimos cenas que justificariam futuras ações de caráter obsessivo. Novamente temos aí a vergonha, o medo e agora sentimentos de perda, de solidão, de tristeza, de desespero, de raiva, de orgulho e de um desejo obsessivo de vingança., tudo sem ética alguma, tudo sem respeito pelo próximo, respeito ao tempo e a saúde de uma grávida, não respeitando, por exemplo, a tristeza e o luto vestido pela morte do marido e do filho, enterrando assim sonhos e planos. Acontecimentos impensados podem levar a atos incontroláveis quando não existe a ética condicionada a agir em meio ao desespero.
Veremos no desenrolar desse filme, cenas, onde encontramos o nascimento de suas causas. Irei então agora citar apenas tópicos em forma de questionamentos, onde a “ética” será envolvida em meio aos dramas e os conflitos gerados pela “falta dela”.
· Seria ético da parte da antagonista, a vilã do filme, mesmo com tamanha dor da perda, tramar contra uma família como forma de substituir sua dor?
· Seria ético por parte da família passar por cima de uma prestação de serviços domésticos anteriormente contratados para lhes arrumar uma babá, aceitando a oferta de trabalho de uma moça encontrada na rua que se diz indicada por terceiros não conhecidos, quebrando assim certas normas contratuais?
· Seria ético agir por impulso, ofendendo ao próximo, como foi o caso onde a protagonista, por duas vezes, julga amigos de confiança, tendo apenas dúvidas que a levaram a encontrar supostas provas em meio a um amontoado de confusões mentais sem muitas representações?
· Não seria ético primeiro por parte dela, perguntar antes, investigar a fundo e mesmo assim, se descoberto fosse, agir com cautela e sem escândalos?
· Será que as ações de intromissão da vilã na vida pessoal daquela família não teriam sido evitadas, se a própria vida pessoal do casal não tivesse ficado tão exposta a sugestões e conselhos quanto a questões de ética pessoal do casal, confidências entre patrão e empregado. Não deveria haver uma troca de confiança entre o casal e menos confiança quando se trata , no exemplo, do profissional entrar muito no pessoal, no particular dos patrões?
· Como seria maravilhoso se todos fossem que nem o moço com necessidades especiais, que mesmo humilhado em seu orgulho, não se sente nessa posição e luta para ajudar os amigos numa prova viva de que existe um sentimento ético de proteção, amizade, respeito e amor pelo Ser que o acolheu, antes do ocorrido ter quebrado a confiança de um ato, também ético, de acolher alguém com dificuldades especiais, respeitando seus limites, como era o caso.
Para encerrar essa questão, é importante não abrir mão de outra, que vem a ser o amor, a união, o respeito em primeiro lugar entre membros de uma mesma família. No filme vimos uma cena de sábia inocência, de proteção à vida, ao ser vivo, ao irmão, ao amigo, ao marido e à esposa, vimos então a lição que tudo isso deixa no final, que não é a busca da vingança ou da insanidade da antagonista do filme que atraem os nossos olhares ansiosos por justiça, pois só há justiça quando a ética de todos é respeitada, mas sim a luta de uma família tentando manter-se firme em seus princípios éticos apesar de tanto desespero.
Essa é a minha visão sobre as questões éticas mostradas no filme “A mão que balança o berço”, apresentado na aula de Ética da Profª Rosana Iorio no curso de Fonoaudiologia da Fateci.
Confirmem ou descordem do meu ponto de vista, mas não deixem de assistir ao filme e refletir sobre sua conduta social e sua forma de “ver o mundo e as pessoas que os cercam”.
Adriana Araújo C. B. S. Jorge
Aluna do 2º semestre - Manhã
Questões éticas sobre o filme
Inicialmente desejo falar que este filme vem recheado com questões a serem discutidas sobre a ética: médica, social e profissional. Temos vários exemplos, tanto com relação à ética no cumprimento de seus deveres, quanto na questão antiética.
Irei relatá-las agora e veremos o quanto há de riquezas de detalhes neste filme e como podemos verificar a atuação dos atores nessas questões.
Interpreto o modo que foi demonstrado pela a protagonista que estava grávida, no qual não me recordo o nome, um sentimento não muito ético, quando a mesma vai ao médico no qual teve sua 1ª filha para ter uma 2ª opinião sobre sua gravidez e esse ainda o recebe p/ tal objetivo profissional sem questionar.
Dentro da mesma cena, vimos ainda, onde podem chegar alguns impulsos maníacos mal resolvidos dentro da ética profissional médica, me refiro à ação do médico obstetra que não contendo esses impulsos se deixa levar por eles e comete uma ação antiética sórdida que é o abuso sexual de sua cliente.
Bem anterior ao abuso, vimos a retirada da enfermeira da sala onde está havendo tal procedimento, postura esta não recomendada também. Seja pelo Medico que deu a ordem para a retirada, quanto para a mesma que o atendeu sem questionar ou solicitar uma substituta para acompanhamento daquela cliente ali indefesa a esse tipo de situação, faltou-lhes uma postura ética neste momento.
Vejo que as pessoas não estão muito acostumadas a questionar os porquês de certas ações antiéticas bem óbvias em sua profissão, seja por medo de perder o emprego, ou por uma questão de autoridade entre os cargos de menor e maior reconhecimento profissional, como vimos aqui o exemplo.
Observamos o medo, a vergonha, a dúvida da moça em reconhecer sua própria situação, primeiro seus direitos e depois seus deveres para com a denuncia do ocorrido em meio a ações antiéticas realizadas em um consultório obstétrico.
Nesta cena também tenho que relatar a posição do marido dela, uma posição ética, que mesmo com tamanha raiva e revolta vê a importância da denuncia naquela hora, pensando nas futuras ações do medico e no sofrimento das próximas vítimas que estariam evitando com apenas uma denuncia.
Temos então o suicídio do médico após a divulgação na imprensa do seu erro, a fuga e novamente a vergonha de enfrentar e admitir que errou diante dos colegas, amigos e familiares, pagando assim por atos abusivos feitos por ele mesmo. Aqui vimos uma postura derrotista e covarde, não teve a ética de assumir sua fraqueza doentia.
Conseqüentemente, após este ato covarde de suicídio, temos o desenrolar de acontecimentos que causaram uma depressão traumática na esposa do médico e um importante detalhe, ela também estava grávida.
Vimos cenas que justificariam futuras ações de caráter obsessivo. Novamente temos aí a vergonha, o medo e agora sentimentos de perda, de solidão, de tristeza, de desespero, de raiva, de orgulho e de um desejo obsessivo de vingança., tudo sem ética alguma, tudo sem respeito pelo próximo, respeito ao tempo e a saúde de uma grávida, não respeitando, por exemplo, a tristeza e o luto vestido pela morte do marido e do filho, enterrando assim sonhos e planos. Acontecimentos impensados podem levar a atos incontroláveis quando não existe a ética condicionada a agir em meio ao desespero.
Veremos no desenrolar desse filme, cenas, onde encontramos o nascimento de suas causas. Irei então agora citar apenas tópicos em forma de questionamentos, onde a “ética” será envolvida em meio aos dramas e os conflitos gerados pela “falta dela”.
· Seria ético da parte da antagonista, a vilã do filme, mesmo com tamanha dor da perda, tramar contra uma família como forma de substituir sua dor?
· Seria ético por parte da família passar por cima de uma prestação de serviços domésticos anteriormente contratados para lhes arrumar uma babá, aceitando a oferta de trabalho de uma moça encontrada na rua que se diz indicada por terceiros não conhecidos, quebrando assim certas normas contratuais?
· Seria ético agir por impulso, ofendendo ao próximo, como foi o caso onde a protagonista, por duas vezes, julga amigos de confiança, tendo apenas dúvidas que a levaram a encontrar supostas provas em meio a um amontoado de confusões mentais sem muitas representações?
· Não seria ético primeiro por parte dela, perguntar antes, investigar a fundo e mesmo assim, se descoberto fosse, agir com cautela e sem escândalos?
· Será que as ações de intromissão da vilã na vida pessoal daquela família não teriam sido evitadas, se a própria vida pessoal do casal não tivesse ficado tão exposta a sugestões e conselhos quanto a questões de ética pessoal do casal, confidências entre patrão e empregado. Não deveria haver uma troca de confiança entre o casal e menos confiança quando se trata , no exemplo, do profissional entrar muito no pessoal, no particular dos patrões?
· Como seria maravilhoso se todos fossem que nem o moço com necessidades especiais, que mesmo humilhado em seu orgulho, não se sente nessa posição e luta para ajudar os amigos numa prova viva de que existe um sentimento ético de proteção, amizade, respeito e amor pelo Ser que o acolheu, antes do ocorrido ter quebrado a confiança de um ato, também ético, de acolher alguém com dificuldades especiais, respeitando seus limites, como era o caso.
Para encerrar essa questão, é importante não abrir mão de outra, que vem a ser o amor, a união, o respeito em primeiro lugar entre membros de uma mesma família. No filme vimos uma cena de sábia inocência, de proteção à vida, ao ser vivo, ao irmão, ao amigo, ao marido e à esposa, vimos então a lição que tudo isso deixa no final, que não é a busca da vingança ou da insanidade da antagonista do filme que atraem os nossos olhares ansiosos por justiça, pois só há justiça quando a ética de todos é respeitada, mas sim a luta de uma família tentando manter-se firme em seus princípios éticos apesar de tanto desespero.
Essa é a minha visão sobre as questões éticas mostradas no filme “A mão que balança o berço”, apresentado na aula de Ética da Profª Rosana Iorio no curso de Fonoaudiologia da Fateci.
Confirmem ou descordem do meu ponto de vista, mas não deixem de assistir ao filme e refletir sobre sua conduta social e sua forma de “ver o mundo e as pessoas que os cercam”.
Adriana Araújo C. B. S. Jorge
Aluna do 2º semestre - Manhã
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